Fico muito feliz em poder gritar: o filme É "tudo isso". E mais, muito mais! Para ajudar, um pequeno quote:
"O Cavaleiro das Trevas é o melhor filme inspirado em quadrinhos. A melhor adaptação ou transposição continua sendo Sin City, que é uma cópia das graphic novels originais com som e movimento. Mas, enquanto esta apenas satisfaz ao fã com o fetiche de ver sua história favorita na tela grande, o novo filme de Batman pega o que há de melhor no papel e toma vida própria." - 100grana.Esse parágrafo explica tudo o que quero dizer. "O Cavaleiro das Trevas" não é um simples filme de super-herói, é algo diferenciado, com forma e sentimento próprios e independentes. O roteiro inpecável dos irmãos Nolan - mesclado com a direção sublime de Christopher - aprimorou ainda mais todo o universo dos novos filmes do Morcego, mostrando uma grande evolução no personagem de Christian Bale, agora mais à par de seu papel como Batman e de sua importância para a cidade e seus habitantes.
Harvey Dent (Aaron Eckhart) é um dos novos elementos da trama, que já chega "com tudo". Como novo promotor pública de Gotham, Dent é um peça-chave para a trama. Nele, Bruce enxerga o "herói sem máscara" que a cidade tanto precisa, um Cavaleiro Branco que pode salvar Gotham. Dent é verdadeiro em sua crusada para acabar com a Máfia e a corrupção, mas é apenas um homem comum, que pode tanto ser uma força do bem quanto uma do mal - 50% de cada lado.
Como não poderia deixar de ser, a figura de destaque na "trindade" é o Coringa. Ledger criou um ser assustadoramente insano, deliciosamente sarcástico e monstruosamente verdadeiro. Suas explicações sobre a origem da cicatriz em forma de sorriso são ao mesmo tempo bizarras e hilárias, e sua gargalhada é - no mínimo - apavorante. Um personagem que ama o caos, e vive apenas para criá-lo e se divertir com ele. Tão louco quanto carismático, o novo Coringa em nada lembra a versão caricata de Jack Nicholson, mesmo porque são dois personagens de universos completamente diferentes.
"O Cavaleiro das Trevas" mostra todo o potencial que existe nos filmes de super-heróis. Mostra que, além das fantasias coloridas e das cuecas por cima da calça, pode-se criar um mundo denso, sóbrio e verossímil: isso tudo sem ofender a inteligência do grande público. Além de provar que os "coadjuvantes" podem ser mais do que mero enchimento de linguiça.
Em suma, é o melhor filme do ano até agora, e duvido que algum vá superá-lo. Só espero que a continuação consiga ser ainda melhor. Claro que não será nada fácil, mas em Nolan podemos confiar. E lembro à todos:
"Vamos por um sorriso nesse rosto! Porque tão sérios?"
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